segunda-feira, 13 de junho de 2011

Segundo Encontro Com A Dor

( Esse é um post que devia ter sido feito duas semanas atrás )

É a segunda vez que passo por uma situação de morte, de alguém que é próximo a alguém próximo de mim, falecer.

A dor é insuportável. Difícil entender o porquê de tamanha tristeza existir.

Eu não tenho medo de morrer, não falo isso por audácia ou por um grande ego, falo isso por saber que a dor maior não é de quem parte, sim de quem fica.

Nunca vou conseguir aceitar perder alguém próximo a mim. A dor, o desespero. Sei que isso vai acontecer uma hora, mas eu não consigo imaginar como vou reagir.

Essa casca que me envolve, não é dura suficiente pra impedir o tanto de sofrimento que vai existir.

Não gosto de falar sobre isso, nunca gostei. Mas refleti sobre tudo que a morte envolve: a vinda, a ida, o sofrimento, a saudade, a alegria de partir e acabar com a dor, o amor.

Sei o quanto nós, seres humanos, somos frágeis em todos os sentidos, nosso corpo padece com qualquer doença, qualquer machucado. Mas a presença que deixamos em cada um, nos torna bem maiores e mais fortes do que qualquer dor que possamos sentir.

São os momentos de alegria que ficarão eternizados, as atitudes boas, os sorrisos serão sempre guardados na memória.

É impossível não sofrer. Mas eu vou adiar essa dor o quanto puder. E sei que no futuro vou me arrepender das coisas que poderia ter feito de melhor para as pessoas que partirem antes de mim.

Sei que vou chorar como um derrotado e vou demorar pra me revigorar, pra entender que tudo isso é um ritual da vida, um caminho a ser passado por todos nós.

E mesmo sabendo que tudo vai acontecer, continuo esperando que esse dia nunca chegue, crio essa ilusão por não saber o que será de mim quando alguém se for, o que será de mim mais tarde..

( E aquelas flores, aquele campo, aquele verde, aquela sensação de silêncio que o cemitério traz.. é sempre rasgado por um choro de dor, um grito de amor. )

Nenhum comentário:

Postar um comentário